hoje quero escrever. preciso de escrever, a minha prosa é o meu porto. as palavras saem dos meus dedos para as teclas negras, e surgem em frente de mim como as areias da praia a um pescador, cansado das ondas, do sal, da água que quase chega aos ossos.bato na negritude diante dos dedos, bato no vazio da solidão. não tenho nada, não faço nada. nunca plantei uma árvore, nem tão pouco escrevi um livro, não doo sangue nem medula. dei um pacote de arroz. porque é que não dei mais? em duas décadas, um (optimista) quarto da minha vida passou, e eu sem ter nada, sem fazer nada. tenho o comboio que os outros têm, apertado em monotonias diárias e caras sem rosto, tenho as palestras sobre o que outros têm, o que outros fazem. tenho muito que fazer, quero muito não ter de o fazer.

não tenho o que quero ter. não sei o que quero ter.
sei que não o tenho.

Alguém envenenou a nascente...

   Após extensa pesquisa, com frequência semanal, deu-me a vontadinha de dissertar acerca das "anedotas" da Dica da Semana. A minha pesquisa levou a que eu efectuasse um profundo estudo, com a extenuante duração de cerca de 10 minutos, tendo chegado à brilhante conclusão de que as ditas anedotas não têm piada! Ora,se não têm piada, para que é que servem? A resposta só poderá ser uma: tudo não passa de um sistema altamente avançado de códigos para os espiões venezuelanos ultra-secretos sediados no nosso pais comunicarem entre si. Eles publicam as supostas piadas, espalham assim os planos de domínio sul-americano aqui sobre o tuga, e pelo meio ainda divertem uma meia dúzia de reformados, em prol do bom socialismo. Quando o Hugo Chávez começar a controlar a distribuição de lacticínios logo verão quem é que tem razão...

Super-Balança

Falar-vos-ei hoje sobre balanças multi-funções. E porquê sobre balanças multi-funções e não sobre a arriscadíssima copula entre porcos-espinhos? Simplesmente porque Fernando Mendes não oferece casais de porcos-espinhos na sua montra final. Estava eu entretido a regalar os olhos com a montra final do Preço Certo, intrigado com a visão de Lenka encafuada numa sauna portátil com rádio e leitor de CD, quando sou confrontado com o conceito de balança multi-funções. Confesso que achei aliciante dissertar acerca de uma sauna portátil do tamanho de uma carrinha VW, que facilmente caberia da casa-de-banho de um T1, no entanto a balança multi-funções puxou pelas minhas tripas intelectuais. Que multi-funções, pergunto eu? Será que para além de revelar o peso também serve como aparelho de cardio-fitness, para abater logo a banhinha extra, com bicicleta e remos incluídos? Ou será a nova Bimby, a Bimby do WC? Apenas Fernando Mendes o saberá.

- Oh Nandinho, quanto pesas?
- Não faço ideia, mas fiz agora um polvinho à lagareiro de atrás da orelha...

"Ó diabo, quereis ver que há para ai mais um pelintra com a mania das escritezas, a opinar sobre querelas do social ou verborreias politicas? Ou então outro garoto que padece da Síndrome de Rui Santos, a martelar seu teclado furiosamente em defesa do seu clube de miocárdio?"

Descansem,caros leitores, e mesmo os mais baratuchos poderão tranquilizar-se, pois neste estaminé falar-se-á apenas acerca aquilo que bem me apetecer. Ou seja, entrando em considerações filosóficas, qual Frederico Nietzsche, o tema será o tudo, ou o nada, naqueles dias em é preciso mais do que um bollycao e um bongo 8 frutos para inspirar a mente.

Sem mais assunto, até breve.